Superar a atual crise com recuperação econômica inclusiva: como foi o primeiro dia do Festival ODS 2021

A partir do ODS 8, que trata de trabalho decente e crescimento econômico, o primeiro dia do Festival ODS apontou soluções para a recuperação do desenvolvimento do país – que precisa começar já. 

 

É preciso dialogar com governos, organizações e sociedade civil para trabalhar no enfrentamento de desafios complexos, em contextos diversos, e muitas vezes difíceis de serem reconhecidos. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU, foram assim fundamentados, e também são a essência do Festival ODS, evento promovido pela Agenda Pública, secretaria-executiva da rede Estratégia ODS,  que ocorreu nos dias 25 e 26 de maio. Em sua segunda edição e totalmente online, em respeito aos protocolos de combate à Covid-19, o Festival trouxe oficinas, palestras, entrevistas e cafés temáticos, debatendo e indicando soluções para a recuperação do país diante da crise imposta pela pandemia, a partir do ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico.

 

A abertura do primeiro dia do Festival ODS

Conter os reflexos da atual crise, que surgiu quando as dificuldades socioeconômicas do Brasil ainda estavam longe de serem resolvidas e as aumentou, exige inovação, novos modelos de trabalho colaborativo e políticas públicas que não sejam fragmentadas. Foi o que indicou a sessão de abertura “Crescimento Econômico e Trabalho Decente”. Para Sergio Andrade, diretor da Agenda Pública, e que deu início ao painel, a resposta à crise está em dinamismo econômico local, tecnologia, empreendedorismo, empregabilidade e requalificação da força de trabalho.

 

“Sabemos que a crise é profunda. Precisamos discutir uma agenda de recuperação econômica e social, porque os impactos da pandemia são de longo prazo. Mas é preciso também apontar qual crescimento e tipo de trabalho devemos pautar. Inclusivo, sustentável, com base em uma agenda de trabalho decente”, disse Sergio, que destacou a iniciativa Reset, que reúne exemplos no Brasil e no resto do mundo, de projetos de recuperação econômica e inclusiva. 

 

>>> Acesse o site do Movimento Reset e apoie a recuperação econômica inclusiva.

 

A pandemia é, sem dúvida, um tema desafiador, segundo Stefan Agne, chefe de cooperação da Delegação da União Europeia no Brasil, convidado da sessão de abertura. “Para a UE, a Agenda 2030 é um roteiro de vida digna para todos dentro dos limites do planeta. Precisamos de uma economia que trabalhe para as pessoas.” Ele afirma que, para esse cenário se tornar real, os países devem cooperar de uma forma mais eficaz. Lembrou, também, da necessidade de adequação das sociedades a uma digitalização inclusiva e geradora de oportunidades.

 

Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, também convidado do painel, destacou a importância do papel dos municípios nessa retomada. “A cidade é onde as pessoas vivem, as coisas acontecem, se desenvolvem, é onde a vida pulsa. O mundo caminha para um protagonismo maior das cidades, e a efetividade das políticas públicas aumenta com esse protagonismo, com a população tendo poder de fiscalização social.” O prefeito ressaltou que os ODS são sinônimos de crescer com sustentabilidade, e que jogam luz em temas como a importância das questões de gênero e raça como elementos primordiais de tal sustentabilidade para uma economia equilibrada e longeva.

 

>>> Assista aqui o vídeo da Sessão de Abertura – Crescimento Econômico e Trabalho Decente 

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